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Mostrando postagens de fevereiro, 2018
Giz Não há como evitar as chuvas de fevereiro, isto eu bem sei.   Mas não consigo deixar de achar uma maldade do destino o céu nublar e chorar nos dias de aniversário do luto de minha mãe. Mesmo sendo uma exigente quinta-feira, que requer trânsito e trabalho, o céu cinza, os pingos na janela e o frio acima do normal me fizeram passar a manhã entre as cobertas da minha cama. Já eram quase onze horas quando finalmente consegui levantar. Se fim de semana fosse, aguardaria logo o meio-dia e o almoço. Mas não era um dia comum. Ao que seria normal, prefiro fazer um misto-quente na frigideira, com muito queijo e manteiga, e um toddy bem doce. Uma refeição confortável e nostálgica que leva a minha memória aos cafés da manhã preparados por minha mãe, na mesa da cozinha da pequena casa em que fui criada. Quando menina, nenhum sabor se comparava àquele. Relutando contra a falta de coragem para tomar banho, me enfio em um chuveiro de água quente e lá escorrem as primeiras lágrimas do dia