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Mostrando postagens de junho, 2022

O primeiro colo de Marcos

Marcos nasceu ofegante. Peso e tamanho surpreendentes pra uma gestação gemelar, mas ainda assim precisou de um tempinho depois do início da vida extrauterina pros pulmões funcionarem perfeitamente. Por precaução, foi pra UTI, com expectativa inicial de alta pra manhã do dia seguinte.  O fato de só um dos filhos demandar cuidados pessoais dos pais de primeira viagem, naquele primeiro dia, não trazia, entretanto, qualquer ideia de alívio, apenas angústia. Meu filho estava sozinho, desde que nascera. Ainda não tinha ido pro colo da mãe e o único contato com a família que poderia ter naquele dia seria a visita do pai às 16h00,  já que a mãe estava se recuperando da cesariana e que os protocolos de segurança impediam visitas na UTI que não fossem dos pais. Por isso, às quatro em ponto cheguei lá e o vi dormindo  como um anjinho dentro de uma encubadora transparente e muito bem aquecida. Cogitei deixar ele dormindo lá, ficar apenas observando-o do lado de fora da caixa transparente que o abr