Avós: um plural feminino
Refletindo sobre a data de hoje, o dia dos avós, constatei algo interessante: a palavra “avó” é o único substantivo feminino que não se converte em masculino ao se tornar plural e abranger os do outro gênero. Irmão e irmã se tornam “irmãos”, pai e mãe se tornam “pais”, tio e tia se tornam “tios”, mas avô e avó se tornam “avós”, não “avôs”. Por quê? Não sei. A princípio cogitei que talvez tenha a ver com as estatísticas que revelam a maior longevidade das nossas avós em comparação com seus maridos. Porém, depois pensei que faz mais sentido essa aparente “transgressão consentida” à regra geral da gramática decorrer da importância dessas mulheres nas famílias brasileiras. Afinal, não é à toa que nós chamamos sempre “casa de(a) vó”, mesmo se o avô ainda está vivo e mesmo que o imóvel esteja no nome dele. Expressão essa que, no meu imaginário (e acredito que no de muita gente), carrega a ideia de um lugar de aconchego e abrigo, que está sempre de portas abertas a nos receber, sem prec