Canto
Muitas vezes, em variadas ocasiões
Por lazer, prazer ou necessidade de lúdica esperança
Outras tantas
Entretanto
Desencanto
Seja pela despedida prematura de alguém que sonhava e amava demais
Seja pela constatação de uma ignorância coletiva que insiste em permanecer e se alastrar
Ou em face da impotência diante dos golpes perpetrados pelos donos do poder
É difícil deter o silêncio cansado em momentos tais
Rompo-o, por vezes, com partituras antigas de piano que, por trazerem melodias instrumentais, mantêm a mente nesse estado flutuante de anestesia
Noutras, que não são poucas
Suspiro
 Buscando a resiliência necessária para lembrar que o inverno sempre precede a primavera
Que sonhos não envelhecem
E que o porvir carece de nós que, enquanto sentimos, encontramos o sentido mais nobre da existência
Que é lutar pra fazer o mundo aprender que ninguém é feliz sozinho
Que ninguém é livre sozinho
E que nossa relevância se encontra naquilo que fica, de nossa essência, na terra e na gente que nela floresce.


(Felipe Rocha, 5 de agosto de 2018)

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