Às seis
Me convenci de que o melhor momento de abordar é às seis da manhã.
Anseio por abrir a janela e sentir a lufada de vento da primeira manhã, que é fria e amena mesmo nestas terras tropicais.
Respiro fundo este ar que evoca tão boas reminiscências. Ao inspirar, me inspiro, ao expirar, suspiro.
Melhor que fazer uma pausa em um dia atribulado, é começá-lo em marcha lenta, em respeito ao ritmo suave que o corpo e a mente nos pedem no início do tempo e que bem combina com o canto doce dos passarinhos que primeiro madrugam.
Se escrevo sobre, é porque sinto que, ao (d)escrever, capturo a beleza do momento como se o fotografasse e torno possível resgatar essa ternura matutino com mais nitidez, em momento futuro.
Viver é bom.
(Felipe Rocha, 7 de agosto de 2020)
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