Vem

meu menino bonito

Vem me dizer

Quantas noites faltam pro amanhecer

Vem fazer teu carinho em meu mamilo

Acender a fogueira, teu abrigo

Tua lareira

No abraço de minhas pernas

Que te apertam

E te trazem mais perto do meu corpo

Que é delírio, deleite

Mar e gozo


Enquanto danças 

Balança a minha cintura

És o meu criador

Eu criatura

És o meu predador

Sou toda tua


No ar

Luar

Sou toda nua


Nesta pequena morte

Que é a sorte

E da avidez

O alívio

A cura


Vem, contorcer-te e envolver-me 


Na tua carne

Que, crua


E tão tesa 

E tão pura

É quase arte.

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